Saturday, October 14, 2006

......... tornarmo-nos tão indeléveis.......... mas somos tão frágeis!





No fim de cada dia, tornamo-nos tão indeléveis, tão fortes, tão cheios das certezas firmes do coração... e ao mesmo tempo tão frageis, tão desprotegidos das coisas que já não sabemos sentir, contra as quais já não sabemos (será que queremos mesmo!) lutar!

No fim do dia, no meio do cansaço, a simplicidade das coisas torna-se mais evidente...

No fim do dia, percorro apressada a lista do que deixei por resolver, passo os olhos por esse amontoado de coisas que a fraqueza da minha pequenez me faz esquecer a todo o custo! Procuro encontrar-te no meio disso, encontrar a ausência de uma decisão tomada mas a certeza que ela (a decisão!) não tardará, tento encontrar o sentido que tanto dás ao silêncio! Revejo as tuas mãos perdidas a tentar esconder essas feições amargas onde tentas esconder (também tu!) o que não soubeste sentir...
No fim desses dias todos que não sei precisar o que ganhei, o que perdi, o que encontrei... ouço dizer que "e acredita que permitir, desculpar tudo e um erro tao grave como mentir ou magoar"... mas porque é tão dificil acreditar que a questão não é permitir tudo, mas sim aprender o que podemos permitir, e depois disso aprender a desculpar a não ter de carregar sempre com esse peso amargo das coisas feitas sem pensar... porque todos fazemos coisas que os outros não gostam. Não somos mais nem menos vítimas, somos apenas espelho do que transportamos cá dentro. Todos magoamos. Todos sofremos. Todos esperamos que aquelas palavras não tenham sido proferidas... porque o não foram... pelo menos, NÃO, com o sentido, certamente, com que foram entendidas!
No fim do dia... tornamo-nos tão indeléveis........ mas somos tão frágeis!

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