... um dia diferente dos outros!!!

... porque há mesmo dias assim, em que está tudo bem e inexplicavelmente nos sentimos em baixo, menos preenchidos pela força que é a nossa (claro que é!) e que podíamos jurar que nunca nos ia deixar, menos preenchidos pelos amigos que com tantas gargalhadas marcaram os nossos dias!!!

Fiquei assim meio perdida entre a inércia do meu dia e a vida que corre acelerada fora de mim... o vento arranca apressadamente os meus pensamentos e tenta, desesperadamente, tirar-me esse bocadinho de ti que deixaste esquecido (terá sido??!) em mim e que ainda não consegui que abandonasse a minha alma…
De costas para o todo onde tu possas estar, enfrentei o mar e foi aí que eu posso jurar ter-te visto, hoje, a desenhar no céu o teu olhar atento e firme, fixo em mim… podia jurar que querias proteger-me (-te!) do vento e dos estragos que ele podia estar a querer fazer nesse “nós”, que não existe senão no mundo imaginado da “terra do nunca”!

Porque quiseste ir para tão longe, porque não ficaste aqui comigo… porque não me olhas sempre como olhaste hoje, porque não me proteges sempre como me protegeste hoje… porque insiste em voltar quando já estás quase longe de mim… porque sais sempre sem deixar a porta fechada e me deixas sempre estas tristezas, agarradas às maravilhas que os nossos sonhos constroem…
…sinto na tua ausência o mesmo abandono que todos sentimos (em crianças!), um dia, quando perdemos o nosso melhor amigo, que (podemos jurar!) nos consolou nas noites em que os primeiros pesadelos começaram a faz-nos acordar com medo da vida!!

Não quero que voltes, mas também não quero nunca esquecer a cor dos teus olhos e a “friozinho” na barriga que sinto quando te entregas nas minhas mãos, com confiança e a certeza que há segredos que são mesmo só nossos!

… …fazes-me falta!!! Acho que é saudades que chamam a isto…