... há coisas que nos marcam, nos ferem e acabam por nos fortalecer!!

... há muito tempo que isto não me acontecia... ter vontade, quase necessidade, de chorar, gritar com toda a gente (como se alguém tivesse a culpa da minha imensa ingenuidade... ou será antes estupidez!), olhar à volta e perder-me na imensidão do mundo... deixar-me ficar quieta a um canto e não querer que me encontrem, deixar que tudo passe por mim, sem eu ter de sair e admitir que ainda não estou preparada para entrar no mundo!

Porque há mesmo coisas que nos ferem a alma, o coração e a firmeza de vida... porque há mesmo coisas que nos desapontam e que acabam por nos tornar mais frios, mais desajeitados... porque há mesmo pessoas que, quando cruzam o nosso caminho, nos deixam mais inseguros do que quando chegaram... porque há mesmo pessoas que não nos amam,como nós nos atrevemos a dizer que as amamos!

Mas a VIDA é feita destes encontros e desencontros, destes momentos de crescimentos forçados, destes momentos que nos ferem "a alma e o coração" em que, aparentemente, deixamos de saber sentir e amar, desaprendemos o cuidado e a fé nos outros... em que, sem muito bem sabermos como, a felicidade se vai e nos deixamos adormecer pela complicação que é sermos a Vida!!

Mas saímos disto fortalecidos, passamos a ter mais alertas, mais medos... menos forças... mas ela volta (a força, digo eu!) quando menos esperamos... porque um dia, algo nos vai sorrir, porque todos os dias há o nosso momento mágico, em que nos podemos dedicar a mudar toda a nossa existência!!

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.....porque há mesmo "coisas que nos marcam, nos ferem e acabam por nos fortalecer!!" e sobre elas só temos de chorar muito (e quando a frieza que o "mundo" nos deixa como herança já não nos permitir chorar????), abraçar o alguém que é capaz de nos dedicar mais do que a leve atenção que insistimos dar uns aos outros, soluçar até que deixe de nos doer e, por fim, rir... numa boa gargalhada!

Que silêncio mais delicado
Amor do amor mais escondido.
Maria, Tu és porta do céu
Três cores adornam Teu manto.

De verdes árvores jorram as cascatas
Que caiem em boa terra
E fecundam o Santuário

Queres dar-me a mão
e eu pedir a Tua
não posso estar sem Ti
sem o Teu olhar tão puro
Tua voz me alegra a alma
Maria da Aliança,
Palavra de amor

Todo o meu canto se transformou
Só p´ra sentir tua brisa.
Sou apenas pó no caminho
o pó que Tu nunca esquecerás.

Molda em mim, com barro e com fogo
uma ponte até ao céu
que nasce no Santuário